quarta-feira, 30 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1796: História da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (Fernando Barata) (5): A(s) alegria(s) do(s) reencontro(s)


Guiné > Subsector de Galomaro > Dulombi > CCAÇ 2700 (1970/72) > Mortos da companhia > Memorial executado pelo Furriel Timóteo > Vítimas mortais: António Jacinto da Conceição Carrasqueira (10/8/70, mina a/c); António Guimarães (18/2/71 / mina a/c); José Augusto Dias de Sousa (18/2/71; mina a/c); José Guedes Monteiro (1/10/71; combate); Rogério António Soares (1/10/71; combate); Luís Vasco Fernandes (5/10/71; mina a/c); Adriano Francisco (8/3/72, doença).





Fotos: Fernando Barata (2007). Direitos reservados.

V (e última) parte do resumo da história da CCAÇ 2700 (Dulombi, Maio de 1970/ Abril de 72), unidade que pertenceu ao BCAÇ 2912, e foi render a CCAÇ 2405 do BCAÇ 2852 (1968/70). O autor do texto é o ex-Alf Mil Fernando Barata, da CCAÇ 2700 (1).









Louvores


José Augusto Dias de Sousa (título póstumo)
Alfredo Lopes Ribeiro
Teodoro da Cruz Abreu
Francisco Teixeira Pinto
Arnaldo Seabra da Costa
Carlos Medeiros Barbosa
João dos Santos Henriques Veras
Luís Manuel Telha
Carlos Alberto Maurício Gomes (pelo Cmdt Batalhão)
Manuel Maria Cardoso Maricato
Ricardo Pereira Lemos
Manuel Pedrosa Costa
Alberto Jorge Seixas Pereira
José Maria Prata
José Rocha Carvalho
José Joaquim Queirós Fernandes
Vítor Manuel Rodrigues
Carlos Teixeira Santos
Fernando Costa Ramos
Alfredo Azevedo
Manuel Fernando C. Almeida
Vítor António Gonçalves
Augusto Pereira Rosa
José Silva dos Santos
Albino Almeida da Piedade
Bernardino Rodrigues Pereira
Luís Santos Silva
José Augusto de Sousa
Miguel Carvalho Teixeira
Manuel Fernando R. Brito
Domingos Magalhães Lemos
António Vasco Lopes Alves
Ramiro de Jesus Oliveira


Posfácio

Terminada esta dura campanha da nossa vida (1), igualmente dura e não menos importante fase haveríamos agora que enfrentar.

Para alguns era o retomar dos estudos então interrompidos, para outros o retomar duma profissão deixada a meio possivelmente na altura que se começava a potenciar o que o mestre havia ensinado, para outros, o iniciar de uma caminhada, pintalgada agora, aqui e além por outras minas e armadilhas.

Era o tempo para saborear avidamente junto dos familiares, amigos e conhecidos momentos mágicos de confraternização, de comemoração e até de alguma cumplicidade com os colegas mais chegados.

Foi também tempo para alguns tentarem a sua sorte noutras paragens, principalmente França e Alemanha, países que desde a década de 60 se tinham aberto à imigração.
Os anos foram passando e não imaginam a tristeza que eu ia sentindo, sempre que ao folhear quer A Bola quer o Jornal de Notícias, ia tomando conhecimento de mais um almoço/convívio da companhia x ou do batalhão y, sempre na expectativa que mais dia menos dia lá apareceria publicitado o almoço da 2700.

E não é que (quem espera sempre alcança) por meados de Maio de 1991, me aparece na caixa do correio uma convocatória para o 1.º almoço da Companhia.

Graças a dois Homens que – nunca será de mais realçar – foram os obreiros deste “saboroso mecanismo socializante” e que dão pelo nome de José Marinho e Fernando Ramos, como todos sabem. Sei que posteriormente têm sido ajudados por alguns camaradas (recordo-me do Quintas, do Ferreira, do Cunha, do Silva Soares), mas perdoem-me, sem eles o milagre não teria acontecido.

A 20 de Julho de 1991, apesar das dificuldades em divulgar o evento, pelo desconhecimento da morada de bastante camaradas, lá estava o Campo da Feira, em Barcelos, emoldurado com aproximadamente 60 ex-elementos da Companhia, a maior parte acompanhada pela respectiva cara-metade e alguns mesmo com os herdeiros.

Foram momentos inolvidáveis aqueles que se sentiram e que se prolongaram no restaurante, agora com o estômago já reconfortado, mas sinceramente isso foi o acessório.

A partir daqui e de forma ininterrupta todos os anos nos temos encontrado nos mais diversos locais.



Pelo seu significado não quero deixar de realçar o 7.º Encontro que se realizou no Regimento de Infantaria de Abrantes, quartel onde a nossa Companhia foi formada, tendo sido descerrada uma placa alusiva ao acontecimento e celebrada missa pelo capelão da Unidade. No ano seguinte foi escolhido o Regimento de Infantaria de Vila Real, pela razão de ter sido aqui que a maior parte das praças que formavam a Companhia ter feito a sua recruta.
É digno de registo, tanto em Abrantes como Vila Real, a forma exemplar como fomos recebidos pelas respectivas chefias.
Esperamos que estes convívios mantenham a sua periodicidade. Não tenho dúvida que enquanto, pelo menos o Marinho e Ramos forem vivos, eles realizar-se-ão (2).
___________
Notas de L.G.:

(1) Vd. posts anteriores:

22 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1541: História da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (Fernando Barata) (1): Introdução: a 'nossa Guiné'

26 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1550: História da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (Fernando Barata) (2): A nossa gente

15 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1595: História da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (Fernando Barata) (3): minas, tornados, emboscadas, flagelações e acção... psicossocial

11 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1651: História da CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (Fernando Barata) (4): Historietas

(2) O próximo encontro, o 16º, será a 10 de Junho de 2007, em Braga: vd. post de 30 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1795: Convívios (12): 16.º Encontro da CCAÇ 2700 / BCAÇ 2912 (Dulombi, 1970/72), Braga, 10 de Junho de 2007 (Fernando Barata)

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